segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

elegia à vida

A vida é uma merda e sempre vai ser uma merda. Por isso lhe chamam vida. É uma prerrogativa da paz que não existe. Quando por acaso me perguntam sobre a sorte respondo friamente que é um conceito de merda. Criado por pessoas de merda, fracas e desvalidas da tal felicidade. Quando me perguntam sobre Deus quase dou a mesma resposta como um cão raivoso. Mas, respiro e digo que não posso crer em algo maior do que eu. Meu ego não permite. Meu ego é o meu Deus desde meu nascimento. Insatisfeitos logo me perguntam sobre o amor. Ah... Eu suspiro fundo. Lembro-me de uma moça de cabelos bem ornamentados que me lembravam folhas de jornais voando ao vento da cidade vazia. Lembro-me de beijos longos na pracinha de bancos feitos a calcário e cuspi. Uma paz cinematográfica. Mas, não respondo nada. Inquieto-me e logo fujo do assunto. A vida está cheia demais de histórias de amor fracassadas. Imaculadas. Arruinadas pela vida.

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