A tristeza é enxaguada pelos olhos
assim como o para-brisa de um carro
que ora limpa e lava a fuligem
outrora se esquiva da chuva
O para-brisa ora lembra as janelas
que enxergam a chuva bater
contudo, nada fazem senão deixá-la
A tristeza ora lembra a chuva
que cai sem trégua na terra
ainda que nos momentos de enchente
O carro ora lembra a vida
que percorre os caminhos
sequer sem saber o rumo
O carro ora quebrou o para-brisa
A chuva ora cessou a tristeza
O caminho ora cessou o rumo
A enchente ora alcançou a janela
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